Nada como o tempo…

A vantagem de você chegar a uma certa idade (mais especificamente, quando o primeiro número da sua idade passa do 2 pro 3) é que você ganha alguma perspectiva na vida. Tem um monte de anos pra rodar ainda, mas os que você já passou mostram que você já tem uma certa bagagem, digamos, uma envergadura moral. E com o passar do tempo, você percebe que estava certo em um monte de coisas e errado em um monte maior ainda.

Vejam o meu caso. Gosto de um monte de coisas que as pessoas não fazem ideia do que sejam, não gostam ou acham que é pagar mico gostar. Olhem esse exemplo: em meados dos anos 1990, quando estava no colegial (sei que hoje é ensino médio, mas nunca vou deixar de chamar de colegial, desculpem) lá em São José dos Campos, meu padrasto resolveu que ia instalar, no PC de casa, uma tal de internet.

Já tinha lido a respeito nos jornais e achava interessantíssimo saber mais sobre ela. Então, quando foi devidamente instalada, cliquei no programa que acionava o modem, ouvi pela primeira vez aquele barulho inconfundível da internet discada, entrei no tal de Universo Online (quase ninguém lembra que esse era o nome original do Uol) e criei o meu primeiro e-mail. Contei na escola e pronto: era um nerd, um xarope, não tinha nada a ver o que eu tava fazendo. O simples fato de eu ter este texto aqui neste espaço diz tudo, certo?

Outro exemplo: ainda no colégio, um amigo meu me indicou um livro super difícil de achar, mas que era um clássico em outros países. O livro se chamava ‘O Senhor dos Anéis’, de JRR Tolkien, e realmente, só fui conseguir encontrar cópias, em inglês, na Livraria Cultura, durante a faculdade. Pra ler o terceiro livro, tive de encomendar e esperar mais de um mês pela entrega.

Isso foi um pouco antes antes de um cineasta chamado Peter Jackson levar centenas de pessoas pra Nova Zelândia pra filmar, de uma só vez, os três filmes que compõe a série, uma das mais premiadas do cinema. Quando veio o lançamento do primeiro filme, passou a ser uma moleza achar os livros. Até comprei uma edição completa, em português, mas tenho que admitir que a original, que é um senhor trampo pra ler, foi mais divertida de conseguir.

Ainda vou dedicar um post só pros games, um desses interesses que eu sempre tive, desde pequeno, e que agora estão com tudo, por causa das novas gerações de consoles. Hoje, a inspiração tá no fim.

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